"Os Dez Mandamentos" impacta com estilo hollywoodiano na Record.
A nova super produção da Tv Brasileira estreia com grande repercussão.
Roger Gobeth e Samara Felippo foram os destaques do primeiro capítulo com atuações dignas de aplausos. |
Desde que a Record começou uma nova fase na dramaturgia, em 2004, com “A Escrava Isaura” e
sua produção milionária na época, era certo de que a emissora não
desanimaria, embora os resultados não tivessem tardado em vir, apesar de
alguns tropeços de lá pra cá. Um grande investimento no Rio de Janeiro
com a aquisição do RecNov é prova disso.
Novelas que foram capazes de incomodar a Globo, novela das 19h,
“Jornal Nacional”, linha de shows e até mesmo cutucar os folhetins
tradicionais das 21h apareceram. Mas nenhum, absolutamente nenhum,
chegou perto de uma estreia de “Os Dez Mandamentos”.
Não estou falando de números de Ibope. Com “Os Dez Mandamentos”, a Record conseguiu atingir um patamar invejável e altamente admirável frente a qualquer outra emissora no Brasil, tamanho esmero e cuidado nos cenários contando a história de Moisés enquanto cumpre missão dada por Deus, que é salvar o seu povo que é feito de escravo pelo faraó Seti I. Não lembra em nada os "defeitos especiais" da novela "Os Mutantes" (que também foi uma grande promessa), mais que os efeitos não convenciam em nada, compara a atual trama das 8 da emissora.
Mel Lisboa também teve destaque no primeiro capítulo. |
É aí que começam os problemas: os nomes dos personagens tais como
Henutmire, Apuki, Aoliabe, Gahji, Zelofeade e outras dezenas que o
telespectador não consegue guardar ou identificar com facilidade. São
nomes poucos populares até por conta da história se passar numa outra
realidade, num tempo incomparável com o que vivemos por motivos óbvios.
Mas é um fator que dificulta a compreensão de quem assiste a assimilar
ou se ver no que ali é contado.
No entanto, apesar do texto ter palavras tão contemporâneas como “canalha” e até “espelunca”, em nada apaga a dimensão desta produção. Alexandre Avancini continua dirigindo com uma competência ímpar, conduzindo o primeiro capítulo num tom bastante acertado, aliado a atuações bastante convencedoras, como a da atriz Samara Felippo e no papel de Joquebede. Angelina Muniz, Roger Gobeth e Mel Lisboa foram outros que se destacaram nesse primeiro capítulo. Nota dez para a emocionante cena da afogamento dos Bebes no Rio Nilo, cena por sinal excelentemente dirigida.
Angelina Muniz já promete dar-nos altas doses de raiva sendo a vilã da trama. |
Os caminhos estão abertos justamente pra isso. Com uma “Babilônia” a principio rejeitada e um “Jornal Nacional” combalido já que é diretamente afetado por seu desempenho, é a chance da Record engatar um sucesso no horário, tirando público da Globo. Fato um pouco mais difícil de se fazer com o SBT, até porque “Chiquititas” é infantil e mira outro tipo de público.
Fotografia impecável, direção irrefutável, figurino cuidadoso,
paisagens deslumbrantes e tudo no que tange a aspectos técnicos
minimamente calculados, estudados e detalhados. Não há uma vírgula a se
questionar tecnicamente. Repercussão nas redes sociais também foi grande, muitos elogios foram visivelmente perceptíveis.
Audiência:
Em termos de audiência, "Os Dez Mandamentos" estreou com bons índices.
Foram 10 pontos de média, empatando com "Chiquititas" e trecho de
"Carrossel" no SBT. No mesmo horário, a Band teve 2 pontos e a Globo
liderou com 20.
Outras praças:
No Rio de Janeiro a novela marcou segundo dados preliminares do ibope 12.6 pontos de média com 15.5 de pico, em Belo Horizonte a trama dobrou a média da Rede Record, foram 11.1 de média com 13.4 de pico, já em Pernambuco a trama registrou a melhor média de uma novela fora da Globo este ano, foram 12.0 pontos de média com 14.3 de pico.
Esses dados são prévios e referem-se a um grupo de telespectadores nas referentes praças.
Informações: Coluna "Enfoque NT" do site NaTelinha e Portal Conexão TV.
Por: @Jhonatan_Wyll
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